22/11/2009

PINOK E BALEOTE


Este livro de Miguel Horta fala-nos de um menino chamado João que vivia em Cabo Verde e era conhecido como Pinok porque, tal como o personagem Pinóquio, era muito mentiroso. Mas Pinok não se achava mentiroso, pensava era que tinha muita imaginação. Ora naquele tempo só havia uma televisão na ilha, na casa de Nhu Fininho onde se reuniam todos os moradores para ver a telenovela brasileira “D. Xêpa”. Pinok que estava com muita vontade de ver a novela disse que o avião que trazia a cassete com os novos episódios da novela vinha mais cedo. Em breve alastrou-se o boato e qual não foi o espanto de Nhu Fininho quando viu toda aquela gente à sua porta para assistir à telenovela. Até o Pinok lá estava! Tinha caído na sua própria mentira. Pinok tinha um cantinho secreto onde costumava pescar depois das aulas. Um dia ele chegou ao seu cantinho e ouviu um som muito estranho que vinha das águas. Era uma baleia bebé que estava presa na enseada. Nem imaginam o susto que Pinok apanhou. Para além de ser um animal de grande porte, ainda por cima falava! Mas vendo que Baleote se encontrava presa, prestou-se logo a ajudá-la. Baleote agradecido, antes de partir, disse que iriam ficar para sempre amigos. Quando Pinok chegou a casa, contou a sua mãe Tareza. Mas ela não acreditou porque já estava habituada às mentiras do Pinok e pensou que se tratava de mais uma. Pinok, aproveitando a hora da redacção na escola, resolveu contar a sua aventura. A professora, a irmã Matilde, achou que Pinok estava cada vez pior. No recreio os amigos troçavam dele e chamavam-lhe “Pinok e Baleote”. O tempo foi passando ater que um dia Baleote voltou a aparecer. Vinha para avisar o seu amigo que ventos e fortes chuvas se aproximavam da ilha e que todos deviam tomar cuidado e abrigarem-se. Pinok tentou imediatamente avisar o pai e os outros pescadores mas eles não acreditaram nele. Nessa noite o que Baleote previra aconteceu e uma valente tempestade desabou sobre a ilha. Passaram-se alguns meses e Baleote voltou a aparecer na enseada. Pinok contou-lhe que ninguém tinha acreditado nele. Baleote disse-lhe, então, que o ia ajudar e que desta vez Pinok só tinha que avisar os pescadores que um grande cardume de atuns se aproximava. Desta vez Pinok foi calmamente avisar o pai. Todos juntos meteram-se nos barcos à procura do cardume de atuns. Quando se encontravam já um pouco desanimados eis que lé surgiu o cardume. Os pescadores regressaram nesse dia a terra com os barcos a abarrotar de peixe e todos contentes. Mas apesar de tudo isto ainda nem todos acreditavam em Pinok. Passado algum tempo Baleote voltou a surgir na enseada para avisar Pinok que o vulcão da ilha iria brevemente entrar em erupção. Pinok correu a avisar o seu pai e desta vez todos o escutaram com atenção e tomaram precauções. Passado o perigo todos quiseram conhecer Baleote para lhe agradecer. Baleote concordou em se encontrar com eles e ao mesmo tempo apresentou os seus pais. Estes fizeram aos pescadores um pedido de ajuda: havia um grupo de marinheiros, caçadores de baleias que os perseguiam. Os pescadores concordaram em ajudar e foram tentar convencer os marinheiros para que eles deixassem de caçar as baleias mas os marinheiros não lhes deram importância. Foi então que Baleote e os seus pais, a um sinal dos pescadores, apareceram e atraíram os marinheiros para uns recifes negros, escondidos pela maré que rasgaram a embarcação. Imediatamente o barco começou a afundar-se e os tubarões gulosos começaram a aproximar-se. Foram as baleias que puseram a salvo os marinheiros. Em memória daquela aventura, ficaram os restos do baleeiro a servir de aviso aos caçadores de baleias. E a própria aldeia mudou de nome para “Calheta da Baleia”.


Texto colectivo elaborado pelo 5ºA

1 comentário:

Miguel Horta disse...

Belo trabalho , meus amigos...
Uma síntese do livro.